Cabeleireiro Nero morre aos 77 anos em Belo Horizonte

  • 11/02/2025
(Foto: Reprodução)
Nero tinha um salão de beleza na Galeria do Ouvidor e foi personagem do documentário 'Cidade das Maravilhas' e do podcast 'Gerais no g1'. Ele nasceu em São João Del Rei. Nero 'incendiou' as noites belo-horizontinas nos anos 1970 Fred Bottrel/TV Globo O cabeleireiro Nero Luiz de Almeida, de 77 anos, ou apenas Nero, como gostava de ser chamado, morreu nesta segunda-feira (10) em Belo Horizonte. Nero, que tinha um salão de beleza na Galeria do Ouvidor, no Centro da capital mineira, foi personagem do documentário "Cidade das Maravilhas" e do podcast "Gerais no g1" no ano passado. Em 2007, recebeu na Câmara Municipal o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte. As causas da morte, de acordo com a certidão de óbito, foram choque séptico, pneumonia e mieloma múltiplo (câncer nas células plasmáticas). Ainda não há informações sobre velório e enterro. Nero estava internado no Hospital das Clínicas desde o fim de dezembro do ano passado, de acordo com amigos próximos a ele. Ele nasceu em 1946 na cidade de São João Del Rei, na Região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. LEIA TAMBÉM: 'A radiopatrulha levava para humilhar na delegacia', conta Nero, 'memória viva' da história LGBTQIA+ de BH Transformista Uma foto de 1972 mostra o cabeleireiro com uma peruca loira, vestido para a noite — que se apresentava como transformista, termo utilizado para o que hoje em dia se equivale à arte drag queen. Também frequentava as boates gays nos anos 1970 e, com voz suave, deu detalhes no "Gerais no g1" sobre a vida na cidade naquela época. “A gente estava tão acostumado com aquela situação de repressão, que era o que a gente tinha. Eu tive que enfrentar a ditadura. Toda hora a polícia passava aqui na porta e eu era uma pessoa completamente diferente para os padrões de Belo Horizonte. A polícia sempre achava estranho, eu vestido de mulher (trabalhava de dia com uma batinha, para ornar com o personagem que estava criando e que fazia sucesso). E como os policiais me conheciam daqui (do salão) e sabia que eu trabalhava, sempre me liberavam das batidas de radiopatrulha, a gente tinha que andar com a carteira de trabalho", relatou. Nero (de vermelho) posa ao lado de Aniky Lima, outra figura histórica da memória queer de BH Acervo/Lucas Ávila Vídeos mais assistidos do g1 Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/02/11/cabeleireiro-nero-morre-aos-77-anos-em-belo-horizonte.ghtml


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